74 – “Jeannie é um Gênio”
Existem algumas pérolas nesta lista das quais duvido que precisavam de descrição e esta sem dúvidas é uma delas. Não dá para pensar no “american way of life” na televisão dos anos 60 sem lembrar desta doce gênio que todo mundo queria ter.
Quando um astronauta volta à terra de uma viagem ao espaço que não deu tão certo quanto se esperava, ele acaba caindo em uma ilha perdida no meio do mar, mas, em como toda boa ilha deserta, lá ele encontra uma lâmpada mágica. De dentro dela sai uma elétrica e exuberante gênio, que lhe promete acompanhar e realizar todos seus desejos pelo resto de sua vida. Estranho como seu mestre nunca pensou em pedir pelo que você deve estar pensando neste momento.
O impacto cultural de “Jeannie é um Gênio” foi tão grande que sua música de abertura é uma das mais reconhecíveis até hoje.
73 – “Punky, A Levada da Breca”
Ano de 1984. Uma órfã com roupas coloridas e não mais do que oito anos de idade é adotada por um senhor de idade, viúvo e machucado pela vida. Se você soltou um “oohhh”, não está sozinho! Se este Top fosse pelas série mais “fofas” da história, Punky Brewster certamente reinaria em primeiro lugar.
Sua filosofia seguia a mesma de “Arnold”, a de educar a criançada sobre os problemas que todos enfrentamos ao longo da vida, mas ela tinha algo a mais. Talvez seja a presença mais atuante do velhinho “Sr. Bicudo” nas alegrias e tristezas da garotinha que trouxe uma profundidade e imersão maior aos telespectadores.
Uma série que fazia crianças sorrirem como se estivessem em uma noite de Natal.
72 – “Batman”
“O que?”, “a lista não era sobre as cem melhores comédias de todos os tempos?”, “o que Batman está fazendo aqui?”. Eu explico! Quando comecei a montar este especial, meu objetivo era o de listar os seriados que mais fizeram o público rir na história da televisão, seja pelo motivo que for. Desde comédias inocentes até as de humor negro, o gênero nunca foi uma preocupação. E é por isso que o “Batman” de Adam West está aqui: a vergonha alheia de suas bat-aventuras era tamanha que só resta rir para não chorar.
O que não falta por aqui são momentos inesquecíveis: quando Batman carrega uma bomba prestes a explodir no meio de uma multidão de civis, a vez em que resolve mostrar seus bat-passos de dança ou as frases vergonhosas e fora do lugar que Robin insistia em dizer o tempo todo.
Por mais que não tenha sido intencional, “Batman” é sem dúvidas um dos seriados mais engraçados de todos os tempos. Pela Santa TV!
71 – “Glee”
Assim como alguns podem reclamar pela presença de “Batman” na lista, tenho certeza que outros tantos reclamarão pela posição “baixa” que “Glee” recebeu neste Top 100. O nível de qualidade do musical da Fox está acima de vários outros desta lista em muitos sentidos: drama, produção, atuação… mas não humor. O objetivo dos produtores deste seriado é de passar os mais diversos sentimentos e nesta mescla foi o drama que saiu mais aparente. Entretanto, “Glee” ainda tem muitos bons momentos de comédia.
Jovens integrantes do coral de um colegial estadunidense têm que se virar para aprender como lidar com os problemas que começam a pintar em suas vidas. Isso tudo é bem mais divertido do que você, que nunca assistiu a um episódio, deve estar pensando neste minuto.
70 – “Will & Grace”
Enquanto a Globo não faz ideia de como tratar os homossexuais em suas produções, o pessoal que criou “Will & Grace” descobriu uma fórmula mágica: é só tratá-los como seres humanos. Incrível, não?
Esta foi uma das primeiras séries que uniu o mundo gay e a comédia sem abusar de estereótipos, um trunfo e tanto do universo GLS, que infelizmente passou batido por muita gente por aí. O dia a dia de dois companheiros de apartamento, uma mulher confusa e seu amigo homossexual decidido, geraram muitas boas piadas. No entanto, eu já conheci muita gente que falava “iiihhh, não assisto Will & Grace porque é seriado de viadinho”. Bem, eu assistia porque era engraçado.
69 – Os Normais
Antes de ser retomada nas telonas, “Os Normais” teve três anos de vida próspera na Rede Globo. Considerado o melhor trabalho de Fernanda Young como roteirista, as loucuras dos noivos Rui e Vani nunca pareciam ser tão distantes da realidade para qualquer pessoa que já tenha passado por um relacionamento sério, o que mantinha um ar “pé no chão” por mais avoada que a trama se tornasse.
A melhor comédia romântica brasileira para televisão? Pode apostar que sim!
68 – The New Adventures of Old Christine
Em quais filmes você lembra de ter visto Mark Hamilton depois de “Star Wars”? Seja no cinema ou na TV, alguns atores são amaldiçoados a ficarem eternamente presos em um só papel. Depois de muitas tentativas, Julia-Louis Dreyfus conseguiu se esquivar desse problema.
A atriz, que nunca será esquecida pelo papel da neurótica Elaine em “Seinfeld”, é a mãe mais ou menos solteira que dá nome ao “New Adventures of Old Christine”. A pura realidade é que a atriz e os produtores souberam dosar perfeitamente a medida entre as novidades e o saudosismo: com uma ou outra mudança de caráter, a protagonista da comédia é a Elaine que conhecemos também, mas em uma situação completamente diferente. Alguns chamam isso de oportunismo, mas eu chamo de sagacidade.
67 – A Feiticeira
Na clássica batalha entre “Jennie é um Gênio” e “A Feiticeira”, aqui a bruxa Samantha foi quem se deu melhor. Sim, ambos os seriados começaram a ser gravados em meados da década de 60 e tinham muitos elementos em comum, sendo, o mais evidente, uma bela mulher com poderes mágicos fazendo de tudo para agradar seu amado. No entanto, a Feiticeira tinha um carisma que prende a atenção de quem quer que seja. Este é um daqueles programas que faz você deixar o controle remoto de lado, não importando quantas vezes já tenha visto o episódio – e este é um mérito e tanto!
66 – Jackass
A partir deste momento, começa a ficar claro o tipo de humor que agrada ao criador desta lista: o mais negro, imoral e nonsense. Claro que comédias de todos os gêneros e épocas estão e continuarão aparecendo ao longo do Top 100, contudo, garanto que muito mais “Jackasses” estarão pela frente.
Mas fala sério, tem algo mais engraçado do que assistir a um bando de marmanjo se autoflagelando com o cúmulo da criatividade? O “pastelão” nunca foi levado tão longe antes desses caras surgirem na MTV. Espero que continuem o trabalho, mesmo com uma lamentável baixa na trupe…
65 – O Mundo é dos Jovens
Fomos das piadas mais imorais da televisão a um dos melhores seriados para crianças que já passou pela TV. “O Mundo é dos Jovens” acompanhou meu amadurecimento do mesmo modo que os adolescentes de hoje fizeram com “Harry Potter”: pude assistir ao crescimento do pequeno Cory, sua namorada e futura esposa Topanga, seu grande amigo Shawn e até o seu professor e mentor Sr. Feeny desde quando frequentavam o ginásio (em uma época em que a palavra “ginásio” ainda era usada) até sua formatura no colegial.
Apesar de tocar em alguns assuntos sérios quando necessário, o roteiro sempre é conduzido com leveza. Uma harmonia tão grande que colocou este seriado no trono de melhor já produzido pelo Disney Channel.
64 – Alf, o Eteimoso
Engraçado… Nos anos 80, tudo que era pequeno o bastante para ser considerado um mascote bonitinho podia passar impune por qualquer confusão que arrumasse, já que continuaria adorado pela família. Reassistindo a alguns episódios de “Alf” hoje, fico pensando como Willie Turner era paciente.
O alienígena com “síndrome de Ronald Golias” que o pacato cidadão do subúrbio prometeu proteger estragou bolos de aniversário, destruiu carros e até mesmo incendiou a casa mais de uma vez: tudo de propósito. Talvez seja por ter criado esta visão mais analítica que “Alf” me parece ser muito mais engraçado (e impróprio) hoje do que há três décadas atrás.
63 – Flight of the Conchords
Eis uma ideia excelente, mas que raramente dá certo: uma série em que os protagonistas interpretem a si mesmos. O conceito de misturar a vida pessoal dos atores com seus papéis fictícios chegou ao ápice no já citado “Seinfeld”, entretanto “Flight of the Conchords” surgiu recentemente para dar um sopro de vida a este subgênero.
A dupla de músicos independentes da Nova Zelândia Jemaine Clement e Bret McKenzie tentam fazer fama em uma nova e distante ilha, ou seja, Manhattan. Para conquistar seus objetivos, eles colocaram três ingredientes infalíveis no liquidificador: humor britânico, vergonha alheia e musicais ao estilo “Glee”.
De acordo com o site especialista em fazer uma média com as notas dadas por críticos ao redor do mundo, este é um dos melhores seriados da atualidade. Acho que isto já fala por si só, não?
62 – Louie
Quase tudo o que foi dito sobre “Flight of the Conchords” pode ser utilizado para descrever “Louie”, basta trocar os personagens – de dupla de músicos por um dos comediantes de stand-up que mais cresce no cenário norte-americano.
Na vida fictícia que o próprio humorista escreveu para televisão, o simpático carequinha pessimista tem duas filhas pequenas com as quais se preocupar, além de sua carreira em declínio. A produção fica por conta da HBO, então Louie CK teve total liberdade para criar suas piadas. Em outras palavras, esta definitivamente não é a série que você vai querer assistir com seus filhos pequenos por perto.
61 – Todo Mundo Odeia o Chris
Chris Rock ficou famoso no mundo todo por não segurar sua língua na hora de apresentar seus shows ao vivo. Sua especialidade é narrar como foi sua infância sofrida no bairro mais barra-pesada de Nova York. Ele continuou contando suas memórias até que o produtor Ali LeRoi viu o potencial que elas tinham para se tornarem uma bela sitcom. E assim aconteceu.
“Everybody Hates Chris” foi um projeto pensado desde o início para ter uma vida curta, já que Chris Rock possuía muitos outros trabalhos paralelos acontecendo. Apesar de triste, foi um alívio a série ter durado apenas quatro anos, já que a comédia terminou em sua melhor temporada.
60 – It’s Always Sunny in Philadelphia
Qualquer cara que já passou dos 18 divide um mesmo sonho: o de ser dono de seu próprio bar. “It’s Always Sunny in Philadelphia” é um conto sobre um grupo de pessoas que correu atrás desta carreira ideal e descobriu que a coisa não é tão divertida assim. Por causa da falta de emoção na vida profissional, eles tentam compensar na social.
A “gangue”, como se autointitulam, é muito mais desunida quanto pode parecer à primeira vista. Cada um de seus membros só olha para o próprio umbigo e está dispostos a fazer o que for preciso para ser o melhor da turma, mesmo que isso signifique puxar o tapete do colega sem receber nada em troca.
Para terminar, Danny DeVito é uma das estrelas do programa. Convenhamos, só de olhar para o baixinho barrigudo e carrancudo já fica difícil segurar as lágrimas.
Eu cresci vendo O mundo é dos Jovens também, e hoje em dia sou louca pra rever, mas não acho download em lugar nenhum. >_<
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